Era uma vez uma menina chamada Alice. Numa tarde de verão, ela estava sob a sombra de uma árvore, ao lado de sua irmã mais velha, que lia um livro sem nenhuma figura. Achando aquilo muito chato, Alice foi ficando cada vez mais sonolenta quando, de repente, apareceu um coelho apressado com um enorme relógio exclamando:
– Hãaa!!! Nossa! Ã? tarde, é tarde, é tarde, muito tarde!
O coelho entrou numa toca e a menina foi atrás. De repente, ficou tudo muito escuro e Alice sentiu que estava caiiindo, caiiindo, caiiindo num poço que parecia não ter fim.
AÃ… de repente, plaft! Tinha caÃdo sentada num monte de folhas secas. Olhando ao redor, ela viu uma pequena porta. Quis passar, mas não conseguiu, porque a porta era minúscula.
Havia por ali uma lata em que estava escrito “Coma-me”. Abriu a lata mais que depressa e, vendo que eram biscoitos, começou a comer. Pra surpresa de Alice, quanto mais ela comia, menor ficava em tamanho. Foi ficando pequenininha, pequenininha e assim conseguiu passar pela portinha.
Saiu então num jardim onde viu flores falando e cantando. Isso a deixou super-admirada. Perguntou então às flores:
– Como posso crescer novamente?
– Siga em frente. Responderam em coro.
Alice obedeceu. Andou, andou, e encontrou em cima de um cogumelo um bichinho verde que lhe perguntou:
– Que deseja, menina?
Percebendo a tristeza de Alice, o bichinho verde disse:
– Coma do cogumelo, mas coma só do lado direito, senão você diminui.
Minutos depois de comer, Alice voltou ao seu tamanho normal. Muito feliz, ela levou consigo mais dois pedacinhos do cogumelo.
Sem rumo certo, Alice continuou a andar quando, inesperadamente, encontrou um gato risonho:
– Pode me indicar o caminho que devo seguir?. Disse a menina.
– Humm! Mas pra onde deseja ir? – perguntou o gato.
– Não sei!…
– Humm! Ã? direita, mora o Chapéu; à esquerda, mora a Lebre de Março. Hãaa!. Tanto faz, menina, os dois são malucos, disse o gato.
– Maas, então, tenho eu que viver entre doidos?
– Humm! Humm! Dê trinta passos pra frente, trinta passos pra direita e mais trinta pra esquerda. Ali existe uma árvore que orienta.
Sem entender nada, mas levada pela intuição, Alice chegou na casa da Lebre de Março e viu a Lebre e o Chapéu tomando chá ao ar livre. Sentou-se à mesa com os dois.
– Mais vinho, Chapéu? – perguntou a Lebre.
– Oh! Oh! Oh! Sim, por favor, querida, um pouco mais de leite sem manteiga com casca de pão – respondeu ele.
Aturdida, sem entender nada, Alice saiu dali em disparada. Mais à frente, ela viu os soldados da Rainha de Copas pintando de vermelho as flores brancas que ali existiam.
– Mas por que estão pintando de vermelho as flores brancas?
– Plantamos flores brancas por engano. Como a Rainha só gosta de flores vermelhas, se não pintarmos as flores brancas de vermelho, ela manda cortar nossas cabeças, responderam eles.
No Reino de Copas, tirando essa maluquice toda, tudo corria normalmente. Um dia, porém, um soldado roubou da Rainha um pedaço de bolo. Foi preso pra ser julgado e condenado. E Alice, mesmo sem saber do acontecido, foi convocada pra testemunhar.
Estava pra se iniciar o julgamento, quando algo muito estranho aconteceu. Alice começou a crescer, a crescer… e ficou muito alta, com mais de um quilômetro de altura.
Os soldados então começaram a correr atrás dela pra expulsá-la do Reino, porque assim mandava a lei.
Nesse instante, Alice acordou e viu-se deitada no colo de sua irmã que lia um livro sem figuras. Ah, ah, ah! Felizmente, tudo tinha sido só um sonho!!!.
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